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Análise: Governo começa a pagar emendas, mas segue devendo


Em pleno mês de junho, o Palácio do Planalto abriu sua caixinha de ferramentas e finalmente executou as primeiras emendas parlamentares deste ano, em meio às negociações com o Congresso Nacional sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).


A promessa do governo é pagar R$ 500 milhões no total. Parlamentares afirmaram à CNN que as emendas “começaram a cair” na tarde desta segunda-feira (16). Uns falam em R$ 100 milhões, outros em R$ 200 milhões já empenhados. O balanço total deve sair nos próximos dias.


O grande problema é que, apesar dessa liberação de verba, o clima entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Congresso – em especial a Câmara dos Deputados - não deve melhorar tanto assim.


Isso porque, para os deputados, Lula até começou a pagar, mas segue devendo.

Para o Congresso, o Planalto segue devendo bilhões em emendas relacionadas a 2025 e ainda está liberando as emendas de 2024. Segue devendo emendas prometidas em outros acordos, também não quitadas. Segue devendo na articulação política, ao prometer dar prioridade ou não vetar determinadas matérias e acabar agindo de maneira oposta.

Ou seja, em meio a tantos acordos, o governo federal está pagando o mínimo do cartão de crédito: acumulando a dívida e deixando para quitar tudo no próximo mês.

Só não se sabe qual mês será...


Enquanto isso, o Congresso vai jogando com as armas que tem. Aprova a urgência do decreto, mas não o mérito. Ameaça votar em duas semanas o mérito, enquanto espera a liberação de mais emendas.


Em um Congresso cada vez mais empoderado, R$ 500 milhões em emendas não garantem nem a reprovação de urgência. Que dirá aprovação de medida provisória.



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