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Continuidade

Governo evita críticas diretas à megaoperação e oposição busca protagonismo

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Enquanto o Palácio do Planalto evita críticas diretas à megaoperação policial no Rio, a oposição vê uma oportunidade de se reorganizar e obter protagonismo.


Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (3) mostra que 72% dos moradores do Rio de Janeiro são a favor de enquadrar facções criminosas como organizações terroristas — mudança que sofre resistência do Planalto.

Outras pesquisas também apontam uma maioria favorável à operação da semana passada na capital fluminense.


De olho na opinião pública, eventuais críticas mais contundentes à operação ou a mudanças na legislação têm se limitado a alguns parlamentares de esquerda.

Nas redes sociais, o Planalto investe em publicações que exaltam o endurecimento de medidas contra o crime organizado, inclusive com a assinatura do projeto antifacção na última sexta-feira (31).

A estratégia busca não deixar que o tema desgaste a imagem do presidente Lula após a alta na avaliação do governo perante o tarifaço de Donald Trump, por exemplo.

Aliados de Lula pressionam para acelerar a análise da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da segurança pública no Congresso.

Já a oposição alega que o texto do Executivo não traz ações suficientes de combate ao crime organizado.

A direita quer ajustes na proposta e vê na situação uma oportunidade de se reposicionar após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro — inclusive, os governadores de direita que querem se cacifar ao Planalto em 2026 já têm explorado o assunto.

A oposição aposta ainda na chamada CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Crime Organizado para fortalecer a agenda em defesa de ações mais contundentes de segurança pública, tradicionalmente mais ligada à direita.

O início dos trabalhos do colegiado está marcado para esta terça (4) no Senado.

No entanto, uma liderança da bancada da bala relatou à CNN que alguns parlamentares temem reações de criminosos caso façam parte da CPI.

O Planalto articula para emplacar presidente e relator – e não perder o controle da narrativa, como quase aconteceu na CPMI do INSS.

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) está entre os mais cotados para assumir a relatoria.

Embora não seja governista, ele tem atuado de maneira mais próxima do Planalto em algumas questões na Casa.

Integrantes da oposição dizem ver com bons olhos o fato de Vieira ter sido delegado da Polícia Civil, antes de entrar no Senado.



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